Findo o ano de 2007, que de certa maneira, até acabou sendo
positivo, em função de todos os problemas enfrentados pelo clube neste período,
o Tupi passaria a traçar os rumos para o ano de 2008 e sob nova direção.
O ano de 2007 foi ano eleitoral no clube, passados os três anos de
Luiz Carlos de Paiva Monteiro, era
momento de se escolher um novo presidente para o triênio 2007-2010. Entretanto,
a nova diretoria que seria eleita, deveria estar preparada para inúmeros
desafios, já que o clube se encontrava em uma delicada situação financeira, e
muitos esforços deverão teriam que ser feitos para fazer o Galo forte naquele
ano.
No dia 13 de outubro de 2007, a chapa da oposição disputou o pleito sozinha
e recebeu todos os 207 votos dos sócios que compareceram à votação. Desta
forma, o advogado Áureo Carneiro Fortuna se tornaria, a partir dia 1° de
janeiro de 2008, o novo presidente do Tupi, tendo como vice-presidente, o
médico José Roberto Maranhas.
Fernando Luiz via com bons olhos a vitória de Aureo Fortuna e
admitia que a gestão de Monteiro foi muito prejudicada devido a péssima
situação financeira que se encontrava o clube:
Monteiro teve aí um clube com uma situação
financeira muito ruim, com processos e mais processos, de ex-empregados que
entraram na justiça do trabalho, mas agora é bola pra frente, Áureo Fortuna é o
novo presidente do Tupi, e pelo que eu já conversei com o Áureo também, ele já
tem algumas idéias, e o objetivo dele agora é resgatar o sócio novamente,
porque muito sócio vira e fala, há não vou lá no Tupi não, aquele clube não tem
nada, não tem uma quadra lá, então o trabalho do Áureo vai ser muito árduo,
para conquistar o associado, e colocar o associado dentro da sede social, para
começar essa convivência harmoniosa já, e ele que é um advogado de sucesso, a
família tem nome, o avô dele, o Aurinho que já teve grande parcela de ajuda ao
clube, já foi presidente e tudo mais, agora é tocar o barco, independente de
ser A ou B, o importante é o Tupi, e agora é todo mundo trabalhando em prol do
Áureo.[1]
Áureo Fortuna apontou na época que o estímulo de se tornar
presidente do Galo não tem haver com um projeto simplesmente pessoal, mas com a
vontade de recuperar o prestígio de um dos grandes clubes da cidade, “Não é um projeto pessoal. De tanto ver
campear a incompetência e falta de transparência num clube de patrimônio considerável,
tendo fortes raízes no mesmo, fui o escolhido para tentar liderar um grupo que
está possuído pelo mesmo ideal e vontade de recuperação do Tupi”. [2]
Uma das preocupações da
nova diretoria era com a parte social, haja vista o baixo número de sócios
atualmente. O clube social tem muito pouco a oferecer: apenas uma sauna e um
parque aquático modesto. As instalações encontram-se em situação precária,
reconheceu Áureo Fortuna, ainda em entrevista naquela época:
Não há dinheiro (ou recursos) para um
imediato investimento. Os sócios são poucos. Para se ter uma idéia temos a
informação oficial (conseguida através do judiciário) que somente 57 estão em
dia com as taxas de manutenção. O clube tem aproximadamente 10.000 sócios.
Destes 1.800 são remidos, ou seja, estão isentos do pagamento da taxa de
manutenção. Mas, sabemos, que não freqüentam o clube. Será possível pensar em
novo clube, talvez em outro local,, adaptado para o número de associados
freqüentes. Temos um projeto de retomada de quinhões daqueles que não se interessam
mais pelo quinhão, fato que será possível à colocação dos títulos à venda. Mas,
sobretudo, com a reengenharia das lojas locadas (cujos aluguéis encontram-se
todos penhorados) e parcerias com empreendedores poderemos não só valorizar o
patrimônio do clube como também alavancar outros bens para garantir a
sobrevivência financeira e econômica do TUPI. Não vejo outra alternativa. [3]
Clubes como o Tupi Foot Ball Club, que tem o futebol como
peça principal de uma engrenagem que é o clube, necessita dos sócios para
manter a parte social, entretanto, tem havido uma grande queda de associados
nos clubes, não só no Tupi, mas em diversos clubes no país.
O Tupi vinha de um resultado satisfatório na Taça Minas
Gerais em 2007 se sagrando vice-campeão, teve também a parceria com o
empresário Omar Peres e a inesquecível campanha do Mineiro, onde a equipe se classificou
pela primeira vez para as semifinais da competição.Se dentro de campo tudo
corria bem, fora dele o clube encontrava-se sucateado e fragilizado
economicamente. Em 2008, a nova diretoria assumiu,com o presidente Áureo
Fortuna e o vice José Roberto Maranhas, e o discurso era de novos ares para o
futebol de Juiz de Fora e fortalecimento econômico do clube, já que o clube
passava por uma situação difícil financeiramente.
Com o campeonato Mineiro pela frente e uma diretoria nova,o
Tupi buscava jogadores em clubes de menor porte do interior e apostando no
técnico Moacir Júnior.,que acabara de fazer campanha vitoriosa pelo Social de
Coronel Fabriciano, e queria, pelo menos chegar as semifinais do Mineiro e
acabou conseguindo, se classificando em segundo lugar na primeira fase. Acabou
derrotado nas semifinais pelo Atlético Mineiro, entretanto conquistou o título
de Campeão do Interior e uma vaga na Copa do Brasil.
No segundo semestre,o
Tupi conseguiu manter boa parte do time para disputa do Campeonato Brasileiro
da Série C, mas a equipe decepcionou e foi eliminado na primeira fase. Contudo,
na Taça Minas Gerais a história foi diferente. Comandado pelo técnico Welington
Fajardo, o Tupi conquistou o títullo do torneio pela primeira vez, batendo o
América Mineiro na final, com destaques para Henrique e Ademilson,
que acabou como artilheiro da competição.Com o triunfo na Taça Minas, o Galo
Carijó conseguiu uma vaga na recém criada Série D do Campeonato Brasileiro.
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Comissão técnica campeã da Taça Minas 2008 |
Sofrendo um desmanche
após o titilo da Taça Minas de 2008,o Tupi começou o ano de 2009 em busca de
atletas para formação de um novo elenco, e apostou em jogadores experientes
como Rodrigo Mucarbel, Márcio Carioca e outros velhos conhecidos da torcida
Carijó. Contando com o técnico José Carlos Amaral no comando, a equipe não
conseguiu grandes resultados e Amaral foi logo substituído pela aposta Leonardo
Condé, jovem treinador de apenas 31 anos que estava no início de sua carreira e
havia trabalhado nas categorias de base do América Mineiro. Com algumas
vitórias e poucos bons resultados a equipe conseguiu se classificar para as
quartas de final do Mineiro, mas amargou uma vergonhosa derrota por 7 a 2 para
o Cruzeiro e acabou eliminado do mineiro. Na Copa do Brasil o Alvinegro foi
derrotado pelo Criciúma logo na primeira fase.
Com Léo Condé mantido no comando da equipe, o Galo se
preparava para a primeira edição da Série D e apostando na juventude. Com um
time irregular e travando duelos inesquecíveis contra o Macaé, o Tupi por pouco
não atingiu seu objetivo, que era o acesso para Série C.
Para o ano de 2010, o Tupi decidiu por manter Léo Condé no
comando da equipe, e o Tupi tinha como objetivo repetir as boas campanhas dos
estaduais passados, e depositava suas esperanças em jogadores como Ademilson, Gedeon
e Henrique. Com uma ótima campanha e boas atuações contra os grandes da capital,
a equipe conseguiu se classificar na quarta posição e enfrentou o Ipatinga nas
quartas-de-final. Com uma derrota por 2x1 fora de casa e um empate em 1x1 no Mário
Helênio, o Tupi acabou eliminado precocemente.
Novamente na Série D,o Alvinegro buscava repetir as boas
atuações do ano anterior com o objetivo de buscar o tão sonhado acesso.Depois
de um início ruim de campeonato, veio a dispensa de Léo Condé do comando
técnico e o experiente Ademir Fonseca (campeão mineiro do módulo II em 2001
pelo Galo) assumia e trazendo jogadores do interior do Rio de Janeiro. No seu
comando a equipe conseguiu a recuperação e com uma vitória por 3x0 contra
Madureira (com gol da classificação feito pelo polêmico atacante Valdiram, que
em seguida seria demitido pelo clube por conta de indiciplina) renovou as
esperanças para próxima fase da Série D. Porém as atuações não se repetiram e a
equipe foi amargamente eliminada da competição nacional pelo Uberaba na fase
seguinte.
Com reforços vindos do interior mineiro e diversas apostas, o
Tupi apresentava seu novo time para a temporada de 2011, que guardaria boas
surpresas para o seu final. Mas no início o que se viu em campo foi um time
desorganizado e pouco contundente. Com destaque para Michel Cury, a equipe até
lutou, mas não conseguiu se classificar para a segunda fase do Campeonato
Mineiro. Apenas como consolo, na última rodada, o Tupi conseguiu uma vitória
por 1x0 contra o Ipatinga, que fez com que a equipe do Vale do Aço, e
arquirrival do Galo, fosse rebaixada para o Módulo II de 2012.
Terceiro ano seguido na Série D e com o novo técnico Ricardo
Drubscky, as primeiras impressões sobre a montagem da equipe não eram muito
boas. Entretanto, pouco a pouco a equipe foi tomando forma e com a inteligência
e paciência de Drubscky conseguiu fazer uma campanha surpreendente no
campeonato. Na primeira fase, a equipe carijó se classificou em primeiro lugar
no grupo que também contavam com Anapolina-GO, Itumbiara-GO, Gama-DF e
Tocantinópolis-TO.
Na fase seguinte, já no formato de jogos de ida e volta, o
adversário seria o Volta Redonda-RJ. Tendo perdido o primeiro jogo na Cidade do
Aço por 1 a 0, o Tupi precisaria reverter o placar ganhando por pelo menos dois
gols de diferença e começou bem marcando 1 a 0 logo aos 27 minutos de jogo,
porém a torcida ainda comemorava quando o Volta Redonda empatou aos 30 minutos.
O jogo estava difícil, ainda mais depois da virada do Voltaço logo no início do
segundo tempo, uma ducha de água fria para os carijós. Então, para se
classificar o Tupi precisaria de mais três gols no mínimo e naquele momento,
talvez somente um milagre para se chegar neste resultado.
Mas como o futebol não é uma ciência exata o Tupi partiu
para cima, e pouco a pouco foi chegando aos gols, aos 12 e aos 20 minutos com
Alan e aos 22 minutos com Henrique, assim o Tupi conquistava a vitória e a
incrível classificação. Na fase seguinte o Tupi voltaria a encontrar o
Anapolina, e quem classificasse já garantiria o acesso a Série C do Campeonato
Brasileiro. O Tupi então não deu chances aos adversário goiano, com uma goleada
de 4 a 1 em Juiz de Fora e um empate em 2 a 2 em Goiás garantiu a vaga para
semifinal e o tão sonhado acesso. Na semi passou facilmente pelo Oeste de
Itápolis chegando, desta forma, à grande decisão do campeonato.
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Equipe campeã brasileira da Série D de 2011 |
Na final, o adversário seria o tradicional Santa Cruz,
contudo o Galo não tomou conhecimento, venceu em Juiz de Fora, no Mário
Helênio, por 1 a 0, gol de Ademilson, e ratificou o título surpreendendo o Santa em pleno Estádio
Arruda, em Recife, para um público 54.815 pessoas, vitória carijó por 2 a 0, gols de Allan e Henrique, selando a principal conquista da história do Tupi, o título de Campeão
Brasileiro da Série D de 2011, um momento de grande visibilidade nacional,
quando a marca Tupi foi exposta nos quatro cantos do país.
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Allan marcando o primeiro gol do Galo na vitória de 2 a 0 sobre o Santa Cruz no Arruda |
Passada a euforia do título brasileiro, o Galo carijó começa
o ano de 2012 cheio de expectativas, não só pelas disputas dos campeonatos
estaduais, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro da Série C, mas pelo centenário
celebrado pelo clube. A responsabilidade de comandar o Tupi no ano do
centenário seria de Áureo Fortuna, presidente reeleito nas eleições realizadas
em outubro de 2011. Ele foi reeleito no dia 15 de outubro de 2011. A chapa
encabeçada por ele, “Amor Pelo Tupi – Carijó Forte”,recebeu 231 votos (56,48%),
contra 176 (43,04%) dados a chapa de oposição “Galo de Briga”, encabeçada por
José Luiz Mauler Júnior. Foram registrados ainda um voto em branco (0,24%) e um
nulo (0,24%), no total de 409 votantes. O vice-presidente seria Abemar Tadeu
Martins Herdy, presidente do Conselho deliberativo do Clube na época.[4]
Dentro de campo Alexandre Grasseli era a aposta da diretoria
para o Mineiro, mas a decisão não agradava a torcida que queria um nome de
maior peso para o comando técnico Carijó. Com três derrotas em três jogos, Grasseli
foi dispensado e a volta de Moacir Junior foi oficializada. Pegando o Tupi na
lanterna da competição, Moacir conseguiu uma sensacional recuperação e levou o
Galo até as semifinais do Campeonato Mineiro. Com dois jogos duríssimos contra
o Atlético-MG, a equipe sucumbiu diante o Galo da capital, mas levou o título
de campeão mineiro do Interior e deixou seu torcedor orgulhoso pela valorosa campanha.
Com a manutenção do time campeão do Interior e a contratação
de alguns reforços pontuais, a expectativa era grande para a Série C. Os sites
de aposta indicavam o Tupi como o time favorito a subir para a Série B 2013.
Entretanto, o que se viu em campo foi um panorama totalmente diferente. Com
derrotas dentro de casa e uma equipe irreconhecível, Moacir Jr. não resistiu e
foi dispensado. Felipe Surian, auxiliar técnico, assumiu o comando do time, mas
não obteve o sucesso esperado. Preocupados
com o futuro da equipe na competição, a direção do Tupi decidiu mudar novamente
e trouxe para o comando o time o experiente Antônio Carlos Roy, como a última
esperança para manter o time na Série C. Com salários atrasados, luz cortada e
na lanterna da Série C, o clube de Santa Terezinha atravessava sua pior crise
dos últimos tempos e teria que contar com a dedicação de seus jogadores e
dirigentes para mudança dessa situação. Contudo, os esforços não foram,
suficientes e a equipe acabou rebaixada para Série D, uma ducha de água fria
para os carijós, justamente no ano do centenário, um ano que poderia ser de
festas, conquistas e ações condizentes com a importante data comemorativa, o
que se viu foi decepções, tanto dentro, como fora de campo.
Após o frustrante
rebaixamento para Série D, o ano de 2013 seria de reconstrução. Os gestores do
futebol do clube, Alberto Simão e Francis Melo teriam muito trabalho pela
frente. Para o comando técnico foi confirmado o nome de Felipe Surian, a partir
daí a equipe foi montada em busca de repetir a boa campanha do campeonato passado,
quando atingira as semifinais, contudo o olhar estava mais a frente, na disputa
da Série D do brasileiro.
No Campeonato Mineiro, o Galo até fez uma boa campanha e
tinha condições de chegar novamente as semifinais do torneio, mas uma
inesperada derrota, em casa, para o rebaixado Araxá, um dos piores times do
torneio, jogou tudo a perder, o Galo carijó acabou em 5º lugar a primeira fase,
ficando a três pontos do Villa Nova, 4º colocado. A equipe ainda disputaria a
Copa do Brasil sendo eliminada logo na primeira faz pelo Luverdense-MT.
Entretanto, as eliminações do Galo no Campeonato estadual e
na Copa do Brasil não desanimou os carijós, o foco agora era no Campeonato
Brasileiro da Série D, e o Tupi precisava lutar muito para voltar a Série C,
uma conquista que já havia sido muito difícil em 2011. Francis Melo deixa a
gestão do clube, e Alberto Simão passa a responder sozinho pelo futebol do
clube, auxiliado por Cloves Santos. Parte da equipe foi mantida, e alguns
reforços chegaram para tornar o elenco mais competitivo, o comandante Felipe
Surian também permaneceu, sendo o escolhido para buscar mais um acesso.
O Tupi na primeira fase teve uma atuação irrepreensível, em
oito jogos foram sete vitórias e uma derrota, se classificando com folga na
primeira colocação do Grupo A6, que além do Tupi contava com o Resende-RJ, Nova
Iguaçu-RJ, Aracruz-ES e Araxá-MG. Na fase seguinte, os carijós enfrentariam a
Aparecidense-GO, que se classificou em segundo lugar no Grupo A5. Na primeira
partida da fase eliminatória contra os goianos, empate em 1x1 em Aparecida de
Goiânia. O jogo de volta seria em Juiz de Fora, e uma simples vitória
classificava o time juiz-forano, entretanto fortes emoções marcariam esse
confronto.
No dia 07 de setembro de 2013, Tupi e Aparecidense entravam
em campo para decidirem uma vaga nas quartas de final da Série D do Campeonato
Brasileiro. A partida transcorria normalmente e muito disputada, nos momentos
finais o jogo seguia empatado em 2 a 2 e o Tupi precisava de mais uma gol para
se classificar, o empate daria a classificação ao time goiano. Entretanto, aos
44 minutos do segundo tempo, em um lance confuso na área, a bola sobrou nos pés
do artilheiro carijó Ademilson que na saída do goleiro arrematou para o gol
vazio, eis que um fato bizarro aconteceu, o massagista da Aparecidense,
denominado de Esquerdinha, que estava encostado à trave, após atendimento a um
jogador da equipe goiana, invade o campo e tira o que seria o gol da
classificação do Tupi, e por duas vezes, já que ao tirar deu rebote e na seguida
após conclusão de Henrique tira a bola novamente.
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O lance inesperado causou grande confusão, jogadores do Tupi
tentaram agredir o massagista que correu para o vestiário sem ser alcançado.
Depois de muita confusão, o arbitro decidiu retomar a partida sem validar o gol
do Tupi, já que a bola, de fato, não tinha entrado no gol. O Tupi ainda tentou
pressionar mas não conseguiu o gol da classificação e o jogo terminou empatado
em 2x2 e a Aparecidense saiu comemorando a classificação, deixando indignados e
perplexos time, torcida, diretoria e a imprensa de todo Brasil.
O lance bizarro do massagista tomou proporções
internacionais, sendo veiculado nos principais jornais esportivos do mundo, um
fato que acabou sendo benéfico para o Tupi, pois sua marca foi projetada
internacionalmente gerando grande visibilidade, principalmente pelo fato do
Tupi ter sido prejudicado, desta forma toda imprensa do país ficou ao lado do
Galo carijó, ao contrário da Aparecidense que gerou uma imagem altamente
negativa.
O Tupi obviamente levou o caso a Justiça Desportiva, e no dia
16 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou em primeira
instância o caso. Na decisão, o tribunal eliminou o Aparecidense da competição,
resultado que classificou automaticamente o Tupi, e o massagista do
Aparecidense foi punido com 24 jogos de suspensão. No dia 18 de setembro a
Aparecidense recorreu da decisão. O caso foi julgado novamente no dia 26 de
setembro, confirmando a exclusão da Aparecidense e classificação do Tupi às
quartas de final da competição por unanimidade. O caso do massagista
Esquerdinha, sem dúvida, ficou marcado na história Carijó, entretanto com um
final feliz.
Nas quartas de final o Tupi travou uma verdadeira batalha
contra o Mixto-MT e com um empate por 1x1 em Cuiabá e uma vitória por 3 a 2 em
Juiz de Fora sacramentou seu retorno a Série C, momento de muita alegria para
os carijós. Com o objetivo cumprido, a equipe do Tupi enfrentou o Juventude de
Caxias do Sul nas semifinais e acabou eliminado com uma derrota de 4 a 0 no Sul
e uma vitória por 1 a 0 em Juiz de Fora. Mas este resultado acabou não
importando muito, pois o objetivo era o acesso para Série C e a meta fora
cumprida.
No dia 05 de outubro de outubro de 2013 o Tupi conhecia seu
novo presidente, em eleição com chapa única, Myrian Fortuna, irmã do atual
presidente Aureo Fortuna, é eleita presidente do Tupi, tendo como vice o
lendário Geraldo Magela Tavares, recebendo 138 dos 178 votos registrados na
eleição. [5]
Com uma nova gestão, o Tupi começa a traçar suas metas para
o ano de 2014 e em novembro de 2013 anuncia Wilson Gottardo como novo técnico.
Extracampo a diretoria apresenta novos projetos de marketing, entre eles o de
sócio-torcedor e o da TV Carijó. Dentro de campo o clube inicia a disputa do
Campeonato Mineiro, porém depois de apenas três jogos Gottardo deixa o comando
do time, quem assume interinamente é Ludyo Santos.
Entre altos e baixos no Campeonato Mineiro, o clube decide
por buscar um comandante com maior experiência para reta final do estadual e traz
do interior do Rio de Janeiro, o experiente Paulo Campos, que chegou a ser
auxiliar de Wanderley Luxemburgo no Real Madrid, com Ludyo retornando ao posto
de auxiliar. O Tupi cresce no momento decisivo e chega à última rodada
precisando de uma simples vitória sobre o Guarani de Divinópolis para alcançar
as semifinais. Neste meio tempo o Galo estrearia com vitória de 2 a 0 e
classificação antecipada na Copa do Brasil, diante do Juazeiro na Bahia, o
próximo adversário seria o Fluminense, do Rio de Janeiro.
Pela rodada decisiva do campeonato estadual o Tupi sucumbe
diante o Guarani e perde por 2 a 1 dentro dos seus domínios, desperdiçando a
chance de alcançar mais uma vez a fase decisiva do Campeonato Mineiro. Após a
eliminação no Mineiro, Paulo Campos deixa o comando do Galo, que decide trazer
um velho conhecido de volta, Léo Condé, que estava na Caldense. A estreia de
Léo é nada mais nada menos que contra o Fluminense, de Fred e companhia, os
tricolores cariocas acabam vencendo o Tupi por 3 a 0 em pleno Estádio Municipal
Radialista Mário Helênio, eliminando assim a partida de volta, como manda o
regulamento da competição. Após os fracassos no campeonato estadual e na Copa
do Brasil, o momento era de se concentrar na disputa da Série C, a competição
mais importante do ano, e o Tupi sabia que não poderia cometer os mesmos erros
de anos anteriores, quando acabou rebaixado para Série D.
Com uma política "pé no chão", o Tupi começou a montar a equipe para a disputa da Série C, entre os novos contratados antigos personagens que já haviam feito sucesso no clube anos atrás, entre eles o goleiro Rodrigo e o zagueiro Wesley Ladeira. Outros importantes nomes permaneceram no elenco, casos de Henrique, Fabrício Soares, Ademílson, Raphael Toledo, Genalvo, Maguinho entre outros. Com intuito de fortalecer a equipe chegaram Chico, Gustavo, Elder Santana, Everton Maradona e posteriormente Douglas, além de outros atletas. Com o comando de Léo Condé e a administração do futebol por parte de Alberto Simão, o Tupi iniciou a disputa com um objetivo traçado, não cair novamente para Série D, esse era o espírito inicial.
O Tupi esteve presente no Grupo B, ao lado de Mogi-Mirim/SP, Madureira/RJ, Macaé/RJ, Caxias/RS, Guaratinguetá/SP, Juventude/RS, Guarani/SP, São Caetano/SP e Duque de Caxias/RJ. O início foi bastante equilibrado, porém com o decorrer do campeonato os resultados foram surgindo, e a equipe passou a sonhar mais alto. No término do primeiro turno tudo estava muito indefinido, o Tupi terminaria na 5ª colocação como 13 pontos, 5 pontos atrás do líder Caxias. Entretanto no 2º turno o Galo Carijó voou em campo, mesmo tempo que fazer uma partida em Muriaé, devido à reforma no gramado do Estádio Mário Helênio (outra atuação em Muriaé foi na última rodada do turno diante o Guarani), a equipe se manteve invicta, o que levou o Tupi a liderança do grupo e finalizou o returno como o 1º colocado. Não só isso, a equipe se destacou conquistando sonoras goleadas como 5x0 no Mogi, 4x0 no São Caetano, 4x1no Duque de Caxias e 3x0 no Caxias.
Com atuações convincentes o Tupi buscava o inesperado, a classificação para as quartas de final da Série em 1º lugar no grupo, sendo colocado como um dos favoritos à vaga à Série B do Campeonato Brasileiro, a tal sonhada vaga a Série B, um momento histórico para o Tupi Foot Ball Club, um dos melhores momentos de toda sua história. Para alcançar essa glória restaria mais um adversário pela frente, o Paysandu de Belém do Pará, que se classificou em 4º lugar no Grupo A. A vaga seria decidida em duas partidas, a primeira no Mangueirão em Belém, e a segunda decisiva partida no Estádio Radialista Mário Helênio. O sonho carijó estava perto de se tornar realidade e o clube poderia ascender pela primeira vez na sua história à Série B do futebol brasileiro.
Com uma política "pé no chão", o Tupi começou a montar a equipe para a disputa da Série C, entre os novos contratados antigos personagens que já haviam feito sucesso no clube anos atrás, entre eles o goleiro Rodrigo e o zagueiro Wesley Ladeira. Outros importantes nomes permaneceram no elenco, casos de Henrique, Fabrício Soares, Ademílson, Raphael Toledo, Genalvo, Maguinho entre outros. Com intuito de fortalecer a equipe chegaram Chico, Gustavo, Elder Santana, Everton Maradona e posteriormente Douglas, além de outros atletas. Com o comando de Léo Condé e a administração do futebol por parte de Alberto Simão, o Tupi iniciou a disputa com um objetivo traçado, não cair novamente para Série D, esse era o espírito inicial.
O Tupi esteve presente no Grupo B, ao lado de Mogi-Mirim/SP, Madureira/RJ, Macaé/RJ, Caxias/RS, Guaratinguetá/SP, Juventude/RS, Guarani/SP, São Caetano/SP e Duque de Caxias/RJ. O início foi bastante equilibrado, porém com o decorrer do campeonato os resultados foram surgindo, e a equipe passou a sonhar mais alto. No término do primeiro turno tudo estava muito indefinido, o Tupi terminaria na 5ª colocação como 13 pontos, 5 pontos atrás do líder Caxias. Entretanto no 2º turno o Galo Carijó voou em campo, mesmo tempo que fazer uma partida em Muriaé, devido à reforma no gramado do Estádio Mário Helênio (outra atuação em Muriaé foi na última rodada do turno diante o Guarani), a equipe se manteve invicta, o que levou o Tupi a liderança do grupo e finalizou o returno como o 1º colocado. Não só isso, a equipe se destacou conquistando sonoras goleadas como 5x0 no Mogi, 4x0 no São Caetano, 4x1no Duque de Caxias e 3x0 no Caxias.
O camisa 10 carijó Ewerton Maradona comemorando um dos seus gols na Série C |
Com atuações convincentes o Tupi buscava o inesperado, a classificação para as quartas de final da Série em 1º lugar no grupo, sendo colocado como um dos favoritos à vaga à Série B do Campeonato Brasileiro, a tal sonhada vaga a Série B, um momento histórico para o Tupi Foot Ball Club, um dos melhores momentos de toda sua história. Para alcançar essa glória restaria mais um adversário pela frente, o Paysandu de Belém do Pará, que se classificou em 4º lugar no Grupo A. A vaga seria decidida em duas partidas, a primeira no Mangueirão em Belém, e a segunda decisiva partida no Estádio Radialista Mário Helênio. O sonho carijó estava perto de se tornar realidade e o clube poderia ascender pela primeira vez na sua história à Série B do futebol brasileiro.
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Cartaz convocando todos carijós a estarem presentes na decisão da vaga para Série B |
Entretanto o confronto contra o tradicional ‘Papão da
Curuzu”, como é carinhosamente chamado o Paysandu, não foi como esperado, o
Tupi entrou como favorito mas acabou derrotado nas duas partidas, 2 a 1 em
Belém do Pará e 1 a 0 no Estádio Radialista Mário Helênio, mesmo com
aproximadamente 20 mil pessoas nas arquibancadas, a chuva que caiu naquele dia não
lavou a alma dos carijós, que acabaram saindo frustrados com aquele resultado e
o sonho de ascender a Série B foi adiado mais uma vez.
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Wesley Ladeira, um dos líderes do time, é o retrato da frustração carijó após derrota em casa |
[1] Fernando Luiz em entrevista ao idealizador do blog.
[4]
http://www.radioculturasd.com.br/index.php/2011/10/aureo-fortuna-e-reeleito-presidente-do-tupi/
[5]
http://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/noticia/2013/10/em-eleicao-com-chapa-unica-myrian-fortuna-e-eleita-presidente-do-tupi.html